segunda-feira, 7 de junho de 2010

Rue Cler

Saímos então procurando um local para almoçar nas proximidades da Torre, na direção do Museu Branly. Precisa dizer que encontramos um lugar ótimo? Eu comi um salmão em croute de herbs e o Ricardo uma carne ao molho bourbignon com batatas, ótimos! Para beber, a cerveja (chopp - pression) 1664!
Estávamos mais ou menos a 20 minutos a pé do hotel, para onde voltaríamos para tomar o shuttle para o aeroporto. Como ainda tínhamos cerca de 2 horas, resolvemos passear mais um pouco. Nos perdemos, voltamos em direção ao Sena, encontramos lugares lindos no caminho, inclusive a Rue Cler, que é uma espécie de calçadão, onde as lojas dos mais diferentes tipos colocam bancas na calçada, vimos de flores, frutas e legumes, roupas, sapatos. O perfume dos morangos é maravilhoso. Estávamos deixando essa rua, comentando a nossa sorte de encontrá-la por acaso, quando demos de cara com uma atriz do filme Amelie, Isabelle Nanty, que faz a Geogette no filme. É muita coincidência!


Bateau Mouche

Após o café, começamos a fazer as malas pois tínhamos que entregar o quarto até o meio-dia. Com um pouco de esforço, conseguimos fazer tudo caber nas malas. Saímos às 11hs para um passeio derradeiro. Fomos andando até a Torre para pegar o Bateau Mouche em Pont de L'Alma. O passeio é incrível e vale muito a pena. O barco é muito estável e não balança nada. Há um serviço que vai falando sobre os pontos turísticos em várias línguas (no nosso barco, em francês, inglês, espanhol, japonês e alemão, mas encontramos outros barcos onde havia em português também). Muita gente tomando sol nas margens do Sena, um dia lindo! O passeio dura 1h e 10 minutos.

Jantar

Saímos de lá e fomos de metrô até Sèvres-Babylon, onde fica o Le Bon Marchè. Eu fui procurar um fio que há muito tempo queria comprar e achei uma variedade incrível de fios, botões e muito mais. Saí correndo de lá antes que fizesse um estrago no cartão de crédito.
Fomos jantar novamente no Baribal para repetir o escargot, o haddock e as batatas (pommes sarladaises). Ótimo novamente e com o mesmo clima alto astral que encontramos da outra vez. Viciamos em escargot, rs.

Pantheon

De lá, fomos andando pelo Boulevard St Jacques para ir ao Pantheon, mas erramos a direção e chegamos novamente no Sena. Resolvemos então tomar uma cerveja em um café em frente ao Sena. Recuperados, fomos novamente pelo Boulevard St Jacques, desta vez na direção certa. Chegamos ao Pantheon, que já impressiona à distância. Entramos e perguntamos pelo passeio até a cúpula e o funcionário, muito solícito, nos orientou a esperar no ponto de encontro pela próxima saída, que seria a última do dia. Como ainda faltava meia hora, fomos visitar o lugar, inclusive a cripta, meio amedrontadora. Tudo no local é monumental. Há um pêndulo de Foulcault na sala principal. Chegou o horário da visita e descobrimos que uma escadinha em caracol nos aguardava novamente (206 degraus). Descobrimos que não temos problemas nos joelhos e nas costas! Chegando no alto, mais uma vista impressionante, de 360 graus e muitas fotos.

Museu da Idade Média

Chegando ao Museu da Idade Média, visitamos antes os jardins, conhecidos como o Bosque do Unicórnio (Licorne) onde havia muitas flores e plantas medicinais. Entramos no museu, onde havia muitas peças parecidas com o Barroco Brasileiro. Então fomos ver a vedete do museu, uma tapeçaria chamada "La Dame à La Licorne" que é surpreendente. Na verdade, são 6 peças, enormes, cada uma representando um dos 5 sentidos e a sexta tem um significado subjetivo de sexto sentido, podendo ser a inteligência ou o livre arbítrio. O trabalho é maravilhoso, riquíssimo em detalhes. Em cada uma das peças estão presentes a dama e o unicórnio e, cada uma delas, a dama está vestida com um traje diferente e majestosamente detalhado. Imaginar isso feito em tapeçaria é incrível.

Cripta Arqueológica

Saímos de lá e fomos ver a Cripta Arqueológica, na praça em frente a Notre-Dame, onde estão os vestígios arqueológicos de Lutetia, a aldeia que deu origem a Paris.
De lá fomos em direção ao Quartier Latin e comemos em uma lanchonete grega (o lanche era meio engordurado, não gostei muito).

Notre-Dame

Para poupar os pés cansados, resolvemos pegar o metrô para a Notre-Dame. Descemos na estação Citè, que foi a mais bonita que eu vi e mereceu algumas fotos. Encontrei um correio em frente à estação de metrô e mandei um postal para o Pedro. O funcionário do correio foi muito solícito, saiu do seu guichê, me acompanhou até a máquina automática de selos, selecionou o
que eu precisava lá e, quando vi que não tinha moedas, foi trocar 10 euros para a gente, tudo isso com um sorriso!
Entramos então na fila para fazer o Tour da Notre-Dame, onde não há privilégio de entrada para o Paris Museum Pass. Ficamos uma hora da fila e então subimos uma escada em caracol interminável (422 degraus!). As passagens são bem apertadinhas e eles já indicam no início que a visita não é recomendada para quem tem problemas na coluna ou joelhos ou sofre de vertigens. Mas vale muito a pena ver as gárgulas de perto e ter outras perspectivas de visão da catedral. Conhecer a história, sentir a inspiração que Victor Hugo teve para escrever o Corcunda de Notre-Dame e apreciar novamente a vista de Paris foi muito bom mesmo! Enquanto tirava a foto do enorme sino, Ricardo lembrou que sua mãe adoraria ver tudo isso!

Montmatre - Amelie

Descemos então as escadarias onde há canteiros de flores coloridas dos dois lados. Chegando à parte baixa de Montmartre, estávamos procurando uma cabine telefônica para ligar para o Brasil e dando mais uma volta no bairro quando encontramos uma senhora simpática com seu cãozinho e resolvemos perguntar do Café do filme Amelie. Ela animadamente nos explicou onde era (meio por gestos e meio em francês) e fomos em frente, não sem antes agradecer. Passamos direto por uma rua e ouvimos alguém gritando. Era ela correndo atrás de nós para explicar que tínhamos passado o local que deveríamos virar à direita. Era a própria Rue Lepic. Finalmente encontramos o Café, entramos, tomamos um sorvete (Ricardo) e um café (eu) e tiramos várias fotos. Voltamos então para o hotel. Nesse dia o cansaço bateu, nem jantamos!


Montmatre - Sacre Coeur

Depois do almoço fomos em direção à basílica propriamente dita. Havia no caminho um casal de velhinhos cantando músicas francesas. Demos uma moeda e recebemos enormes sorrisos de volta. Entramos na igreja bem na hora da missa, quando um coral de freiras cantava. A visita é feita nas laterais da igreja e a missa acontece na parte central, ou seja, dá para dar toda a volta na igreja, sem perturbar a missa. Há muitos avisos para as pessoas se comportarem. A igreja é enorme e muito bonita e a missa em francês dispensa tradução. Paramos um pouco para ouvir a leitura do Evangelho e fomos embora na hora do sermão já que a gente não ia entender mesmo. Em frente à igreja havia uma multidão, principalmente de jovens, nas escadarias, onde havia cantores, um carinha fazendo embaixadinhas com uma bola enquanto subia num poste, muito movimento. A vista de Paris a partir desta colina é fantástica.


Montmatre - subida

Resolvemos então sair. Saímos por um local diferente de onde entramos, mas que também tinha uma estação do metrô próxima. Pegamos então o metrô e descemos em Pigalle, dispostos a procurar o Café do filme Amelie, do qual não lembrávamos nem o nome nem o endereço. O Ricardo achava que ficava na Rue Lepic e então fomos até ela. Andamos pela rua toda, subindo em direção a Sacre Coeur, mas não vimos o Café. No caminho, encontramos os moinhos antigos. Chegando na praça próxima a Sacre Coeur fomos comer num local que servia sanduíches e omeletes. Quando fui perguntar onde era o banheiro, o gerente foi meio grosso e perguntou se eu estava consumindo no local (detalhe: só 3 mesas estavam ocupadas). Quando disse que sim e ele viu onde eu estava, me pediu desculpas e disse que muita gente pede para usar o banheiro lá, por causa da localização do café.

Père Lachaise

Fomos então de metrô para o cemitério de Père Lachaise. Fomos pela linha 12 do metrô até Pigalle e de lá pela linha 2 até a estação Père Lachaise. Levamos mais de 15 minutos de muita caminhada pelo cemitério para encontrar o túmulo do Jim Morrison. Na verdade, a pista foi um policial de moto, observando um grupo. Tiramos algumas fotos e tentamos encontrar também o túmulo da Edith Piaf, mas nesse dia o sol estava muito forte e o cemitério é muito grande e com alguns caminhos íngremes.

FNAC

Fomos para Montparnasse novamente, procurar uma FNAC só de jogos e brinquedos que tínhamos visto outro dia. Andamos, andamos, perguntamos e achamos uma FNAC normal, onde perguntamos para vários funcionários onde ficava a outra loja, mas só o último rapaz foi legal e nos explicou direitinho no mapa. Fomos até lá, mas não encontramos o brinquedo que procurávamos, os brinquedos que têm lá são mais do tipo educativos.

Jantar

Resolvemos voltar a pé para o hotel para digerir tudo o que vimos e fomos jantar novamente no Les Artisans. Chegamos super cansados e pedimos chopp (pression). Eu, de Stella Artois e o Ricardo de 1664, marca francesa, muito boa. Comi uma carne com molho bourgignon (de vinho) e batata sautê e o Ricardo, pato (de novo! rs) mas não deu pra ver o nome do prato porque desta vez nos deram direto o cardápio em inglês. Como se a gente não conseguisse ler o em francês (hahaha).
Repetimos as cervejas... a gente merecia depois de andar das 10hs da manhã até as 10hs da noite e terminamos com um Eau de Vie Poire (uma aguardente de pera) que era algo que eu me lembro que o Ulisses Guimarães tomava. Fortíssimo, mas muito gostoso.

Louvre



Saímos de lá e atravessamos a Pont du Carrosel para chegar ao Louvre. Isso já eram 18h15, mas como era quarta, o museu só fecharia às 22hs. Fomos pela entrada do Carrosel e entramos direto, sem fila alguma. Como já era tarde, fomos direto ver a Mona Lisa e no caminho, me perdi do Ricardo. Ele ficou tirando fotos e eu segui em frente. Quando percebi, voltei, mas já não o encontrei. Já conformada em ter que voltar para o hotel sozinha, resolvi ir ver a Mona Lisa. Lá na sala dela, eu o encontrei de novo. O museu estava bem cheio e a sala da Mona Lisa ainda mais. Fomos então ver a Vênus de Milo e depois procurar o Código de Hamurabi. No caminho passamos por maravilhas do Egito e Mesopotâmia. Lembramos muito das aulas de História! Estávamos indo embora e vimos um ratinho... Uma italiana que passava comentou: "Olha o Ratatouille".

Museu d'Orsay

Continuamos caminhando, agora na margem do Sena e chegamos ao Museu d'Orsay. Entramos pela entrada Reservèe e não precisamos enfrentar a fila por causa do Paris Museum Pass. Pegamos um audioguide (5 euros!) e fomos em frente, sem poder fotografar. Estátuas maravilhosas, o prédio é lindíssimo (uma antiga estação de trem), com um relógio enorme que impressiona tanto quanto as obras de arte do museu. Destaque para as pinturas impressionistas (Monet, Gaugin, Van Gogh) e a escultura chamada Quatro Cantos do Mundo, majestosa!

Museu Branly


Na descida, nos despedimos do casal e fomos caminhando pela margem do Sena, em direção ao Museu d'Orsay. Não tínhamos andado quase nada ainda quando tropeçamos no Museu Branly, que aparece logo após uma parede de 2 andares toda cheia de plantas. Resolvemos entrar para conhecer rapidamente o museu (já que ele está incluído no Paris Museum). Ótima ideia, o lugar é lindo, tem um jardim cheio de plantas e flores. Visitamos o acervo de arte não ocidental, que inclui arte africana, da polinésia, do extremo oriente e dos índios americanos. Cada coisa linda e impressionante! Saímos de lá e formos pela Rue de L'Universite, procurando um local para almoçar. Encontramos na Rue Jean Nicot, um local chamado Bellota-Bellota, que anunciava "bocadillos" (sanduíches). Pedimos dois (enormes) deliciosos sanduíches de jamon (presunto) espanhol, queijo e rúcula. O presunto tem gosto de castanha, por causa da alimentação dada aos porcos de onde eles vêm. O Ricardo pediu um vinho (Carmelo Rodeo, Crianza), muito bom, e eu fui de "tap water" (água da torneira) mesmo!

Torre Eiffel

O dia amanheceu melhor, menos frio e com um pouco de sol e então resolvemos ir visitar a Torre Eiffel. Fomos caminhando até lá. Enfrentamos uma fila enorme para comprar bilhetes (o Paris Museum não vale na Torre) e conhecemos um casal de brasileiros, Márcia e Renato, com o qual ficamos conversando. Pegamos primeiro um elevador até o segundo estágio, onde já é bem alto e, em seguida, outro elevador até o topo. Havia ainda um pouco de neblina, mas deu para ver toda a Paris.

St Germain d'Pres, Jantar

Quando chegamos de volta a Paris, decidimos ir para St Germain d'Pres, apesar do meu pé estar doendo como nunca. Chegando lá, visitamos a igreja mais antiga de Paris (a própria St Germain d'Pres). Em seguida, jantamos no La Taverne St Germain, onde tomei uma sopa de cebola gratinada (ótima) e o Ricardo comeu magret de canard (bom, mas pouco, rs). Tomamos uma taça de vinho cada um. Saindo de lá, resolvemos ainda ir ao cinema, ali próximo. É um cinema bem pequeno, com uma única sala. O filme era Greenberg, do Ben Stiller. Eu não gostei muito do filme, mas acho que estava muito cansada!


Jardins de Versailles

Mesmo muito cansados, fomos procurar ainda a L'Orangerie. Passamos então pelo Parterre Sul, um jardim lindo, com canteiros simétricos e muito bem cuidados. Chegamos então às escadas que levam à Orangerie, que fica numa parte baixa do terreno, protegido por muros altíssimos. Muitas plantas exóticas (para eles, rs), laranjeiras, limoeiros, romãzeiras, mais lagos e jardins. Um local lindo. Então fomos para o trem de volta e eu sentei próxima a uma francesa com quem uma brasileira conversava animadamente em inglês. Esta francesa estava elegantíssima e era muito gentil e sorridente. Acabou dando dicas ótimas de lugares para jantar e passear.

Jardins de Versailles

Fomos andando então em direção ao Grand e Petit Trianon. Descobrimos então porque tanta gente aluga carrinhos (30 euros para 4 pessoas) ou bicicletas (4,5 euros por meia hora). É muito longe! Chegamos até a metade do caminho, numa fonte linda e o início de um grande lago retangular e desistimos. Tomamos um café e compramos alguns souvenirs por lá e voltamos. Logo em seguida, passamos por uma fiscalização de bilhetes, tranquilo. No caminho de volta, já bem próximos do Chateau, resolvemos ver o Sallon de Bal, que uma placa indicava. Nem sabíamos o que era. Encontramos uma espécie de praça linda, com fontes nas lateriais feitas de conchas do mar. Infelizmente, a esta altura o show das fontes já tinha terminado e elas estavam desligadas. Mas mesmo assim, eram lindas.

Jardins de Versailles

Saímos então do Chateau e fomos visitar os Jardins. Já tinhamos sido avisados que pagaríamos um ingresso à parte, pois era dia de Grand Eaux Musicales, ou seja, as fontes estariam ligadas e haveria música. Logo na entrada dos Jardins, a grandeza e simetria do lugar impressionam. As fontes estavam lindas e a música clássica que tocava combinava perfeitamente com o ambiente. Muito bom mesmo! Mas estávamos com fome e fomos procurar o local onde havia comida e um banheiro. Claro que havia uma fila imensa no banheiro feminino. Nos 20 minutos que fiquei na fila, conversei com uma americana, descendente de armênios, que me recomendou conhecer Lisboa e Veneza também. Almoçamos uma pizza ("clara" - presunto, champignon e queijo).

Versailles

Pegamos o trem para Versailles na estação Musee d'Orsay (10h30 e chegamos mais ou menos às 11hs). Na fila para comprar o bilhete (resolvemos comprar o Paris Museum para 4 dias, pois queríamos ver muitos museus), uma mulher veio me pedir informações achando que eu era italiana! Entramos finalmente no Chateau e realmente é lindo. O Salão dos Espelhos é o ponto alto do Chateau. O Ricardo tirou muitas fotos e vimos como era luxuosa mesmo a vida da realeza naquela época.

Jantar

Voltamos completamente exaustos para o hotel, mas ainda tivemos fôlego para sair para jantar. Poucos restaurantes estavam abertos, mas encontramos um ótimo lugar de comida italiana. Eu comi uma deliciosa lasanha e o Ricardo foi de espaghetti a carbonara (que veio com uma gema em cima do prato). O Ricardo tomou um vinho, Cotes du Rhone AOC Louis Tete.

Place des Vosges, Marais

Apesar do cansaço, saímos de lá e pegamos o metrô em direção à Bastilha, para vermos a Place des Vosges. Próximo à estação estava havendo uma manifestação de trabalhadores em greve, mas nada que nos afetasse. Fomos então em direção à Place des Vosges que, embora seja mesmo muito bonita, foi o primeiro lugar em Paris que não superou nossas expectativas. Talvez fosse o cansaço... Passeamos pelas redondezas, vimos o Hotel de Sully (cujo dono o perdeu em uma noite jogando cartas) e a Rue de Rosiers, com maioria de judeus, onde há a inscrição "não se esqueça" relativa ao holocausto. Quase sem perceber, estávamos visitando o Marais.


Louvre

Só conseguimos seguir em frente porque avistamos a Pirâmide do Louvre. Não dá nem para comentar, mas tiramos muitas fotos, embora não tenhamos entrado no museu. Passamos na parte comercial, o Carossel du Louvre, onde há cafés, restaurantes e máquinas automáticas para vendas de ingressos. Mas estávamos cansados demais para entrar e já estava próxima a hora de fechamento do museu.


Ponte Alexandre III, Tuilleries

Esta é realmente a ponte mais linda de Paris, cheia de esculturas e com arcos maravilhosos. Só vendo as fotos mesmo, não dá para descrever. Em seguida, voltamos à Avenue du Champs Elisee e seguimos em direção ao obelisco e o Jardin des Tuilleries.
Nesta altura, meus pés doiam muito e eu sentia cada pedrinha do caminho (e como tem pedrinhas no Jardin des Tuilleries!). O Ricardo também já estava me perguntando se eu tinha trazido Salonpas, pois estava com dor nas costas (eu trouxe um monte de remédios, para dor de cabeça, dor de barriga, dor nas costas, mas só usei mesmo o Salonpas, na sola do pé, rs).
 

Champs Elisee

Voltamos então pela Avenue du Champs Elisee, a rua das grandes marcas e vimos onde morou Santos Dumont (tem uma placa indicando).
Logo em seguida, na própria Champs Elisee, cruzamos com um dos atores do filme Amelie, Dominique Pinon (Joseph no filme). Coincidência! Adoramos o filme e queríamos ir até Montmartre para visitar as locações.
Chegamos no Petit Palais e vimos que estava fechado (já esperávamos, pois era uma segunda-feira) e que no Grand Palais havia uma reforma e que somente havia visitação na exposição temporária e que não seria possível ver bem o prédio por dentro.
Achamos que não valeria a pena entrar só para isso e seguimos em frente, não sem antes comer, um crepe de queijo (com pimenta) pra mim e um hot dog para o Ricardo. Não sabíamos que o melhor estava por vir, a ponte Alexandre III.

Arco do Triunfo

Pegamos o metrô pela primeira vez. Na linha que passa pelo nosso hotel (a estação é em frente ao hotel, basta atravessar a rua), os trens são antigos e é preciso destravar a porta para entrar ou sair do trem, mas deu tudo certo.
Descemos na estação Madeleine, onde há muito comércio, inclusive uma loja de departamentos chamada Printemps (primavera) de uns 9 andares, onde resolvemos entrar. Vimos que no último andar funcionava um café e fomos até lá. Ótima ideia, um terraço com vista para toda Paris, lindas fotos, um café para aquecer e um papinho com o gerente, super simpático.
Depois de perambular um pouco pelas lojas, pegamos o Boulevard Haussman (nome do responsável pelo atual traçado de Paris) e seguimos em direção ao Arco do Triunfo. Quando o avistamos achamos que já estávamos perto, mas faltavam pelo menos uns 2 quilômetros ainda! Chegando lá, tiramos algumas fotos e ficamos alguns minutos observando o trânsito na praça da Etoile (onde 12 avenidas se encontram), um caos!

Jantar

Voltamos para o hotel e vimos que tínhamos caminhado, durante todo o dia, mais de 10 horas! Ainda saímos e fomos jantar em um restaurante próximo ao hotel, o Baribal. Comemos escargots pela primeira vez: muito bom! O Ricardo pediu um entrecote com batatas e molho de mostarda. As batatas, com ervas e cogumelos estavam DIVINAS!!! Eu pedi um haddock com legumes, deliciosamente delicado! Tomei um chopp de Paulaner e o Ricardo, um vinho tinto.

Pont Neuf

Seguimos então para Notre Dame. Não visitamos o interior pois havia uma fila imensa para entrar. Resolvemos dar a volta na Catedral e descobrimos um lindo jardim onde havia rosas imensas de diversos tipos e cores. Não foi má ideia visitar Paris na primavera! Embora até aqui estivéssemos com temperaturas de inverno em São Paulo, mínima entre 11 e 12 graus e máxima até 20, 22 graus. Tivemos até que comprar cachecóis, pois nem pensamos que fossemos passar tanto frio, o que acabou sendo bom para caminhar!
Descobrimos que tinhamos chegado na Île de la Citè e resolvemos procurar a ponte Neuf. No caminho vimos barcos gigantes em passeio pelo Sena e até acenamos para os passageiros. As crianças adoram!
No caminho para a ponte Neuf ainda vimos o Marche aux Fleurs et Oiseaux, um mercado de flores e pássaros, mas só visitamos a parte das flores. Vimos também a Saint Chapelle.
Quando chegamos na ponte Neuf, não vimos os 12 arcos que o guia diz que ela tem. Só depois percebemos o tamanho real do monumento: ela liga o Sena de margem a margem passando pela Île de la Citè.

Luxembourg

Dali resolvemos ir para o Jardin du Luxembourg onde, em uma espécie de coreto, havia uma banda tocando e depois vimos que era do Exército da Salvação (o escudo igualzinho, escrito em francês). Flores em toda parte e muito verde, simplesmente lindo. A Fonte dos Médicis, também é marcante. Seguimos, sempre caminhando, para a Sorbonne e, em seguida, para o Quartier Latin, uma área com muitos restaurantes. Eu comi um crepe de queijo com sal e pimenta, delicioso! A pimenta do reino de lá tem um sabor mais forte, mais saboroso e não tão picante, não sei por quê!